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terça-feira, 8 de junho de 2010

ESTAMPA CRIOLA

"Fui criado no Arvoredo
Ao estilo da fronteira
Nos pagos de São Gabriel
Terra buenacha e grongueira
Estes versos do meu jeito
Acolhero na sedeira
Pois trago o sangue monarca
Do Sobrenome TEIXEIRA

Nos campo do Tiarayu
Onde as égua tem cornilha
Ato as esporas choronas
Pras os cavalos da quadrilha
Com meu Sombreiro tapeado
Bem servido de forquilha
Vou pitando meu palheiro
Mesclado com figuerilha
Nos meses quentes de verão
Quando pega a carrapatea
Tiro a vacagem da grota
Pois o remédio é banha
E sigo empurrando a lida
Se o tempo pega a esfria
Assando miúdo de oveia
Guasquereando quando dá

Um boi quando dispara
No meu braço acha domeiro
E não volta para o mato
Sendo o meu tiro certeiro
Nos mate da madrugada
O violão chora em ponteio
E limpo a guela com a canha
Pra o meu cantar galponeiro

E se ato meu basto aberto
Arrocheio meu bocal
Pra um desafio de campanha
No modo tradicional
Tiro as coscas dum crinudo
Que tem cismas de bagual
Faço a média bem ligeiro
Sem beijar o pajonal

E a meia lua charrua
Prateia a vida estancieira
Esqueço os golpe da lida
Nos braços da companheira
Que me alcança mais um mate
Depois de eu por as terneira
Meu canto criolo e gaúcho
Da minha estirpe campeira"


Letra e Música: Bruno Borges Teixeira

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