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terça-feira, 8 de junho de 2010

BRUNO TEIXEIRA

Gaúcho de São Gabriel (graças a DEUS), Filho do Jorginho e da Mara! E ALGE! Amante da minha terra, meu chão e tudo aquilo que é nosso, genuíno! Acadêmico de Medicina Veterinária. Cantor, compositor e Guitarreiro, ÀH e bombista, hehehe!!! Folclore é nosso e não devemos deixar morrer! Sou IBERO, LUSO, AFRO E AMERÍNDIO, OU SEJA SOY GAUCHO E GAÚCHO SOU LATINO AMERICANO!!!!! Trago na minha formação uma vivência ligada ao campo e seu cotidiano, desde pequeno o universo rural faz parte da minha vida e todos seus ensinamentos foram muito importantes na formação de minha personalidade e nas minhas escolhas de qual caminho a seguir, universo esse que povoa as minhas letras e inspira minhas melodias. Comecei na vida artística participando de concursos de declamção e interprete amador em rodeios e festivais organizados por CTGs de todo estado, conquistando varios prêmios nestas modalidades desde as categorias mirins até as adultas, ja mais taludo, "depois de bota os cornilho", aprendi a tocar violão com o musico Aroldo Torres, hoje em dia aos poucos vamos tentando ganhar o nosso espaço em festivais nativistas, tendo participado em alguns como: Estância da Canção Gaúcha, Canto sem Fronteira, Galponeira de Bagé, Canto da Terra, Canto Moleque, Canto ao Joãozinho da Ponte, Açude da Canção de Roda, Contrapunto da Arte Sureña. Durante o periodo 2004-2009 integrava o grupo musical "de Tempo e Saudade" na cidade de Bagé, formado por colegas de faculdade, grupo que me agregou muito musicalmente, juntos andamos por várias palcos do estado. Além de temas de autoria própria, trago parcerias com grandes nomes como: Edilberto Teixeira (in memorian), Osmar Proença, André Oliveira, Alex Silveira, Leonardo Fagundes, Matheus Alves Neves, Fabio Maciel, entre outros... Nesta estrada de guitarreiro ja estive tocando com diversos músicos como: Lisandro Amaral, Henrique Abero, Giovani Vieira, Lidio Vieira, Rafael de Sá Brito, Jari terres, Edilberto Bérgamo, João Vicente, André Teixeira, Xirú Antunes, Zulmar Benitez, Thiago Cesarino, Julio Froz, Nelson Souza, Tiago Abib, Guilherme Collares,entre outros... Gurizada de São Gabriel: Matheus Leal, Migué, Matheus Alves, Edilberto Teixeira Neto, Gabriel, Matheus Fontoura, Bernardo Teixeira, Nenéu, bah todos esses amigos e mais alguns que andamos fazendo musica boa por ai e é claro muita LÉRIA!!!!!!!!!! Acredito que enquanto tivermos algo de fundamento para falar e se expressar, defendendo aquilo que pensamos, o nosso lugar, a Pachamama de onde viemos, sempre haverá alguém necessitando escutar as verdades de um povo, e desta forma, exaltando nossa cultura, como Yupanqui afirmou: "Seremos SEMPRE UNIVERSAIS!!!!!!"

ESTAMPA CRIOLA

"Fui criado no Arvoredo
Ao estilo da fronteira
Nos pagos de São Gabriel
Terra buenacha e grongueira
Estes versos do meu jeito
Acolhero na sedeira
Pois trago o sangue monarca
Do Sobrenome TEIXEIRA

Nos campo do Tiarayu
Onde as égua tem cornilha
Ato as esporas choronas
Pras os cavalos da quadrilha
Com meu Sombreiro tapeado
Bem servido de forquilha
Vou pitando meu palheiro
Mesclado com figuerilha
Nos meses quentes de verão
Quando pega a carrapatea
Tiro a vacagem da grota
Pois o remédio é banha
E sigo empurrando a lida
Se o tempo pega a esfria
Assando miúdo de oveia
Guasquereando quando dá

Um boi quando dispara
No meu braço acha domeiro
E não volta para o mato
Sendo o meu tiro certeiro
Nos mate da madrugada
O violão chora em ponteio
E limpo a guela com a canha
Pra o meu cantar galponeiro

E se ato meu basto aberto
Arrocheio meu bocal
Pra um desafio de campanha
No modo tradicional
Tiro as coscas dum crinudo
Que tem cismas de bagual
Faço a média bem ligeiro
Sem beijar o pajonal

E a meia lua charrua
Prateia a vida estancieira
Esqueço os golpe da lida
Nos braços da companheira
Que me alcança mais um mate
Depois de eu por as terneira
Meu canto criolo e gaúcho
Da minha estirpe campeira"


Letra e Música: Bruno Borges Teixeira

quinta-feira, 20 de maio de 2010

FÁBIO MACIEL


Letrista, nascido em Bagé no ano de 1987, criado em Santana do Livramento, hoje radicado em Pelotas, graduando da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel – UFPel.

Desde novo envolvido com música, por influência dos amigos, acabou na lida do verso onde procurou pela “benção do verso” de alguns mestres, como Aureliano de Figueiredo Pinto, Ramiro Barcellos, Firmino Carvalho, Edilberto Teixeira e alguns outros.

Hoje busca mostrar sua maneira de enxergar as coisas, contar um pouco de suas experiências e, principalmente, fazer um resgate das coisas simples e despretensiosas, que vêm cada vez mais perdendo espaço. Isso não lhe permite a pretensão de um dia agradar a todos, mas sim àqueles que sabem do que fala.

Conseqüentemente, envolveu-se com festivais. Em 2003 começou a gravar suas músicas como o intuito de participar dos festivais, alcançando isso apenas em 2006, na Capela Da Canção Nativa, onde obteve o primeiro prêmio, em parceria com Matheus Leal.

De lá pra cá seguiu compondo, fazendo novas parcerias e participando de outros festivais, premiando em alguns deles, como Galponeira de Bagé, Nevada da Canção Nativa, Vigília do Canto Gaúcho, Festival da Música Crioula de Santiago, Estância da Canção Gaúcha, entre outros.

Aprendiz e participante desde 2005, sem ausentar-se, do Paradouro do Minuano, festival temático da cidade de Pelotas, que na realidade vai muito além de um festival, pois é um grande encontro de amigos a cada ano.

Por enquanto, não tem idéia de quando irá publicar seus versos ou suas músicas, em livro ou em CD, pois acredita que tempo irá mostrar a hora certa de fazê-los.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

MATHEUS LEAL

Em 2004 foi a primeira vez que subiu num palco profissionalmente, no Canto Sem Fronteira, um festival de Bagé. A letra do Alex Silveira e música do Rogério Melo. Neste festival a música tirou 3º lugar e Matheus ganheo melhor intérprete.
Depois disso, resolveu começar a fazer músicas. Passou sua primeira música na Vigília e foi premiado como melhor intérprete. Depois foi a Dom Pedrito com d
uas músicas dele também – uma delas chama-se Meu Poncho, com
letra de Alex Silveira. Desde então foi uma seqüência de festivais que ele foi participando.
Recentemente Matheus lançou seu 1º disco intitulado "Cria de Estância".

ALMA DE JUÁ FLORIDO

Florzita branca do campo
Que peleou na madrugada
Pra enfeitar a manhanita...
Ao clarear desabrochada...
Qual a saudade de alguém
Que volta por quase nada.

Cuido, de cima do zaino,
E vejo teu jeito pleno,
Parece que abre os braços,
Põe um pala de sereno,
Soma a essência do pasto
Pra arreglar um cheiro bueno...

Traz o aroma veraneiro
Sempre que ao vento te atiras...
És pequena e traiçoeira
Encantas a quem te mira...
...Tipo do encanto bandido,
Que dá algo e depois tira!

Me judiaste ao tentar
Te colher, simples florzita...
Como pode a flor mais linda
Ter silhueta tão maldita?...
...Mas o espinho te condena
A viver sempre solita!...

Parece aquela que um dia
Achou meu olhar perdido...
Floreou e assim, sem pena
Na investida, “negô” estribo...
...Talvez tenha esta guaina
Alma de juá florido!...


Letra: Fábio Maciel
Música: Matheus Leal e André Teixeira


quinta-feira, 22 de abril de 2010

MURILO TEIXEIRA


Murilo Ricalde Teixeira é natural de Lavras do Sul, tem 21 anos, estudante de gastronomia na UNISC. Hoje mora em Santa Cruz do Sul. Começou a participar de festivais em 2006 como letrista, levando, inclusive, "Trocando as vaca de campo", que foi postada aqui, na Gauderiada da Canção Gaucha, em Rosário do Sul, classificando-se entre as finalistas.

TROCANDO "AS VACA" DE CAMPO

Alvoroço de encilha bem cedo se calça a espora

Meu gateado estrada a fora, leva na testa a boieira.

Encharca na enchente as basteira por saber já dessa vida

Pingaço de toda lida ponteia a tropa manheira

Trocar as vacas de campo pra encaminhar novo cio

Campeia um vau pelo rio de cruzar com a comitiva

Grama forquilha nativa na espera da novilhada

E alguma antiga falhada que um novo cio reativa

Tomba na água a vacagem que destinada pra cria

Bandeia na melodia que um berro ecoa no mato

é bem assim que relato quem é de campo conhece

Que o aboio vira prece quando se aperta de fato!

Vai da culatra ao fiador o aboio que longe foi

Num tranco de era boi vai de encontro ao camaquã

E a goela de algum tarrã estremece na barranca

Abre o peito e forte canta na calma desta manhã

Sem refugo a tropa toda testa a fúria da correnteza

E segue na incerteza de arreio e poncho encharcado

Põe a tropa inteira a nado com a perícia dos tropeiros

Que se fizeram campeiros nos fundões do meu estado

Desponta pelos barrancos, se ajeita e revisa as conta!

Largo o gateado na ponta e a tropa segue marchando

Ao passo vai se ajeitando, solta as vacas na invernada,

De campo bom, e aguada pra o verão que vem rachando.

terça-feira, 20 de abril de 2010

EDILBERTO TEIXEIRA NETO


Edilberto Teixeira Neto , começou seus estudos com violao em 2005, e com baixo em 2008. Nascido em Bage, criado em Sao Gabriel, ja participou de vários festivais profissionais nativistas de grandes nomes, como : NEVADA DA CANÇAO NATIVA de Sao joaquim Santa Catarina, ESTANCIA DA CANÇAO GAUCHA de Sao Gabriel, GALPONEIRA de Bage, CASILHA DA CANÇAO FARRAPA de Itaqui, Capela da Cançao Nativa de Amaral Ferrador, MANOCA DO CANTO GAUCHO de Santa Cruz entre outros. Em festivais amadores também já participou de vários, como : CANTO MOLEQUE de Candiota, COXILHA PIÁ de Cruz Alta, BATEADA DA CANÇAO de Lavras do Sul, entre outros. Tem premios em festivais como: 3 lugar na 11 Casilha da cançao farrapa, Melhor arranjo do 10 canto da terra, 2 lugar e melhor tema campeiro do 5 joazinho da ponte, 1 lugar na 19 ediçao da reculuta municipal, categoria violao solo, 1 lugar no encontrart categoria violao solo, 3 lugar no FEGAES categoria violao solo, 1 lugar no Caixeiral Canta o Nativismo, entre outros. Nos palcos, ja tocou junto com varios artistas de nomes consagrados do estado, como: Lizandro Amaral, Angelo Franco, Matheus Leal, Ita Cunha, Jari Terres, Juliano Moreno, Tiago Souza, Fernando Saccol, Arthur Matos, Luciano Fagundes, Guilherme Ceron, Silvio Costa, Cristian Camargo, Gilnei Oliveira, Clarissa Ferreira entre outros.
Tem parcerias com varios poetas da musica gaucha,como: Edilberto Teixeira, Gujo Teixeira, João Sampaio, Otavio Severo, Fabio Maciel , Rafael Teixeira Chiapeta, Francisco Luzardo, Diego Muller, Murilo Teixeira, Filipe Corso, entre outros. Hoje prentende seguir fazendo suas melodias e tocando cada vez mais!

http://edilbertoteixeira.blogspot.com/

CASSIANO MENDES




Cassiano Mendes, natural e Pelotas viveu sua infância entre Cacequi e Bagé, onde durante muito tempo divulgou seu trabalho na fronteira do estado! Reside atualmente em Santa Maria onde é acadêmico de Odontologia,mas sem deixar de lado a sua maior paixão: a música. Participou de diversos festivais, como Comparsa, Ponche Verde, Galponeira, Canto Sem Fronteira, entre outros, inclusive em São Gabriel, no Canto da Terra e amais recentemente, no 3º Contraponto da Arte Sureña, onde conquistou o 1º lugar e melhor intérprete. Compositor, músico e intérprete, começou cedo nos palcos de festivais amadores do estado, gravando seu 1º trabalho aos 13 anos de idade. Hoje divulga seu 2º trabalho em diversas regiões do estado e no Uruguay em shows onde a música é simples disculpa pra Cassiano motrar a sua arte.

PRA VIRAR AMOR


Quando a solidão...
Vem cabresteando uma saudade,
Quando essa paixão...
Vem alumiando minha ansiedade.

Quando a lua sai...
Sem vontade de clarear,
Quando os olhos tristes...
Tem vontade chorar.

Quero ser presente...
No olhar de um alguém,
Quero ser saudade...
De uma flor que me quer bem.

Quero um paraíso...
Só pra eu virar amor,
Quero dentre dele...
Ser o orvalho pra essa flor.

Sei que a distância...
Nunca finda o verdadeiro,
Sei que este amor...
Ainda cruza o mundo inteiro.

Sei que na verdade...
É que a saudade faz lembrar,
Sei que a noite grande...
Não demora vai clarear.

composição: Cassiano Mendes



sábado, 20 de março de 2010

PIRISCA GRECCO


Pirisca Grecco, intérprete e compositor natural de Uruguaiana. Atuante nos festivais nativistas desde 1999, tendo conquistado prêmios de primeiro lugar e melhor intérprete nos mais variados eventos como Coxilha, Musicanto, Gauderiada, Sinuelo, Sapecada, Califórnia, entre outros. Em 2003 lançou seu segundo disco, que recebeu a premiações de melhor disco nativista do Prêmio Açorianos de Música intitulado, “Compasso Taipero” . Em 2004 lançou o disco “Muchas Gracias”, uma coletânea das obras defendidas por Pirisca nos festivais nativistas.

GUJO TEIXEIRA

Gujo Teixeira é o nome artístico de Paulo Henrique Teixeira de Sousa. Filho de Jorge Henrique Bulcão de Souza e Liara Teixeira de Souza, nasceu em 1972, em Porto Alegre.
Reside atualmente no interior de Lavras do Sul, onde trabalha na produção pecuária e exerce a profissão em sua propriedade rural.
Gujo Teixeira é jovem poeta do Rio Grande do Sul, onde desde 1994 tem participado como letrista na maioria dos eventos musicais do gênero nativista do estado.


MUCHAS GRACIAS

Muchas gracias é minha palavra pra quem escuta o que falo
Se canto as coisas do campo é porque tô de à cavalo
Se abro as voltas de um laço a armada é de tiro certo
Se um dos meus bota um pealo pode deixar que eu aperto

Sou campo largo nos olhos, sol clareando num sorriso
Alma de sanga no peito, e enchente quando preciso
Vai quase tudo o que sei no sentimento que trago
Me agrada ser dessa terra, cantar as coisas do pago

Sou cantador de Rio Grande de ponta a ponta me estendo
Pé no estribo e rédea firme, por diante sigo aprendendo
Tenho na voz a palavra, na alma tudo que espero
Uma ponchada de amigos e as saudades que quero

Sou o mesmo desde tempos e o tempo ensina verdades
No meu compasso me voy com alma e simplicidade
Sou verso de rima inteira, a melodia e o som
Muchas gracias Deus do céu por ter me dado este dom

Quando chegar de à cavalo um gaúcho em sua porteira
Me esperem de mate pronto, sou eu de alma campeira
Quando apear no seu rancho de alma grande, lhes garanto
Não precisa nem dois mates pra entenderem meu canto

Letra de Gujo Teixeira e música de Pirisca Grecco.

LINK VIDEO: http://www.youtube.com/watch?v=4gGWcmBL5Pc



EDILBERTO TEIXEIRA (1934-1998)




Edilberto Teixeira, natural da cidade de Lavras do Sul, nasceu na estância de seu avô em Pontas do Salso, município de São Gabriel, no dia 29 de outubro de 1934, filho de Valério Teixeira Neto e Maria Julia Teixeira.
Casado com Elba La-Rocca Teixeira, teve cinco filho: Mariano, Ana Julia, AnaSuely, Rodrigo e Ana Rita.
Advogado e agropecuarista, era proprietário da Estância do Capão, em Santa Margarida.
Letrist
a colaborador de vários Festivais de Música do RS, autor do DICIONÁRIO DA CARRETA- 1982, publicado pelo Instituto do Livro, SÃO GABRIEL DAS CARRETAS - 1983 , pela Editora Martins Livreiro e DICIONÁRIO GAÚCHO DO CAVALO - 1987, também pela Editora Martins Livreiro.

VELHOS TEMPOS


Dizem que o tempo não passa
Que ano a ano se renova,
Como um mate em cuia nova
Que nos deixa a alma curtida.
-De amores, curtindo a vida,
Com seu calor decisivo,
Só deixa o adeus na cancela
Da mocidade que é bela,
Bebendo o mate do estribo.

E só a saudade é o sinuelo
Daqueles bons velhos tempos,
Reculutando os momentos
De ansiado e fútil retorno.
Longíquo é o passado morno
Remendado a palhativos!
Recados que se esqueceram,
Velhos umbus que morreram.
Junto aos sonhos primitivos.

Surro ao petiço maceta
Deste meu verso angustiado
Lembrando aquele passado
De auroras que eu vi nascer,
Para que alegre vá correr
Nos rodeios pátio a fora.
Lá um piá, de chapéu torto,
Vendo o olhar do capão morto
Vai chorar num pé de amora.

Dizem que o tempo não passa
Que ano a ano se renova,
Como um mate em cuia nova
Vai deixando a alma curtida.

Lindo tempo, olhar vidrado,
Bem sangrado hoje esperneia
Quando a saudade se apaeia
Frente ao galpão dessa Estância.
Rebenqueados de distância,
Vejo os dias que se vão,
Como os sonhos do índio vago
Que tropeiam pelo Pago
Nessas noites de clarão.

Tempo velho que até assusta
Quando chove e faz goteira.
Lá mui longe, olho a porteira
Que o vento sul derrubou
Junto ao amor que se planchou
Numa cruz de cemitério.
Minhas rimas, soluçando
De saudade, vão matando
A voz do vento gaudério.

Lá vão os calmos bois da pipa

Repechando no tranquito.
E, do açude, eu ouço o grito
Dos tordilhos quero-queros,
Meus amigos mais sinceros
Que esquecer deles não quis
Só a saudade acende a braba
Do calor daquela casa
Onde, um dia, eu fui feliz.


Ah, tempo velho arcaico.
Que vai tostando as macegas,
E o fruto dos pega-pegas
Pelos rincões espalhando,
Quanto mais vou te achatando
Nestes pobres versos meus,
Fico velho! Ah, tempo gajo.
Que me atormenta o presságio
Dessa velhice do adeus!



Letra de Edilberto Teixeira e música de Edilberto Teixera Neto. Chamamé.

Obs: biografia do compositor postada dia 21/04/2010.

quarta-feira, 17 de março de 2010